A Minha Odisseia: A Caminho de Oliveira do Bairro
Os Deuses já tinham previsto esta epopeia para mim e, pelo Zé, lá fui eu. Autocarros atrasados, o relógio a correr, cheguei à estação e deparei-me com uma fila enorme. Tinha que apanhar o comboio das 18h35... e já eram 18h20. Corri às máquinas automáticas, mas só davam bilhetes para Aveiro. Ansioso e nervoso, respirei fundo e liguei ao Zé a perguntar se me podia ir buscar a Aveiro. Ele, ocupado, não podia vir. Foi então que, no meio da multidão, um senhor — como um enviado dos Deuses — viu-me aflito e deixou-me passar à frente. Mas os Deuses não facilitam, apenas acrescentam capítulos à aventura. Tive de apanhar o comboio para Penafiel, sair em Campanhã e depois seguir para Aveiro ou Coimbra-B. Só mais tarde descobri que havia um comboio direto para Oliveira do Bairro, muito mais rápido. Respirei fundo: a primeira etapa estava completa. Quando saí em Oliveira do Bairro e vi o Zé, corri até ele e abracei-o. Nesse abraço na estação, sem palavras, eu dizia: “Sim, tudo correu bem.” ...