Luke Combs: A Voz Que Me Acompanha
Sabem aquela sensação de
descobrir um artista que, sem percebermos bem como, se torna parte da nossa
vida? Foi o que me aconteceu com o Luke Combs.
Durante dois anos seguidos, o
Spotify não me deixou mentir: ele foi o cantor que mais ouvi — e “Beautiful
Crazy” foi, duas vezes, a música que mais toquei.
Curioso é que eu nunca me
considerei grande fã de música country. Mas há qualquer coisa no Luke que me
prende, talvez pela sinceridade da voz, pela emoção crua que ele transmite em
cada verso. Há dias em que basta pôr o “This Is Luke Combs”, fechar os olhos e
deixar as músicas correrem. É quase terapêutico. A voz dele acalma-me, como se
cada canção fosse um abraço.
Muitos amigos perguntam-me se
deixei de ouvir Pearl Jam, João Só, o “sacrilégio” — Rui Veloso — ou até os Beatles.
Claro que não! Continuo a ouvi-los e a admirá-los. Mas há algo de especial em
ouvir o Luke Combs do início ao fim, sem saltar uma faixa. Há uma honestidade
na sua música que me faz sentir bem, mesmo nos dias em que a ansiedade aparece
sem aviso.
E sim… vou fazer uma pequena
loucura. Em julho do próximo ano, vou sozinho à Suécia para ver o Luke Combs ao
vivo. Pode parecer exagero, mas é um sonho — um daqueles que valem a pena
viver.
Às vezes imagino como seria conhecê-lo. Falar com ele, tirar uma
fotografia, agradecer-lhe por tudo o que as suas músicas me têm dado.
Escrevi-lhe no Instagram — e, curiosamente, a mensagem apareceu como lida.
Talvez tenha sido alguém da equipa a tratar da conta, como faz o João Só, mas
gosto de acreditar que foi mesmo ele quem leu.
Quando a ansiedade aperta, há
poucas coisas que me acalmam: o EP do João Moniz, uma boa música do Rui Veloso,
e, claro, as canções do Luke.
No fundo, não é só sobre música
— é sobre a forma como certas vozes conseguem tocar-nos por dentro e
lembrar-nos que, aconteça o que acontecer, nunca estamos completamente
sozinhos.
André Vilaça



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