O Padrinho – Parte II: A prequela (e continuação) perfeita
Sempre vi a trilogia O
Padrinho como uma autêntica epopeia moderna. Como o Zé disse, e muito bem,
ela começa no meio (Parte I), na Parte II recua para o início e,
na Parte III, encerra a história.
Confesso que tenho algum
trauma com as chamadas “prequelas”. Exemplos? Star Wars e O Hobbit
– histórias que, na minha opinião, pouco ou nada têm a ver com o que foi
contado antes, ou que foram narradas de uma forma diferente do que estávamos
habituados a ver.
Mas Francis Ford Coppola
entrega-nos, na Parte II, algo raro: uma prequela e, ao mesmo tempo, uma
continuação impecável. Pela primeira vez, o passado mostrado encaixa
perfeitamente na história que conhecemos na Parte I.
O filme começa com a
infância de Don Vito Corleone, que é forçado a fugir da Sicília para a América
após ser marcado para morrer pelo chefe da máfia local. Paralelamente,
acompanhamos a vida de Michael Corleone, o filho mais novo, que tenta descobrir
um traidor na família enquanto lida com problemas internos.
Robert De Niro interpreta o
jovem Don Vito de forma tão convincente que, por momentos, acreditei estar a
ver Marlon Brando novamente. A maneira de falar, os gestos, a postura… tudo é
perfeito. Normalmente, em prequelas,
ficamos desiludidos com os atores que interpretam versões mais jovens das
personagens que conhecemos. Aqui, é o oposto: tudo funciona na perfeição.
Não queria dizer isto, mas
George Lucas podia ter aprendido algo com Coppola para as prequelas de Star
Wars – afinal, eram amigos. O mesmo vale para Peter Jackson com O Hobbit.
Quando disse que queria ver esta trilogia, muitos me disseram que não era o meu tipo de filme. Mas, sim, considero-a a trilogia perfeita.
Depois dela, só coloco lado
a lado a trilogia original de Guerra das Estrelas e O Senhor dos
Anéis.
André Vilaça
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