Uma carta ao meu amigo "Luís Miguel Rocha" verdadeira homenagem ao meu amigo Luís Miguel Rocha:
"Meu caro amigo Luís Miguel
Rocha,
Vou bem desde a tua partida há
10 anos... Um pouco com saudades. Nunca
te disse, porque nunca calhou, mas tu foste o meu melhor amigo. Não foi o Sr.
Carneiro, nem o Herculano. Foste tu.
Agora, esse lugar ficou com
o Hugo e o Zé. Não consigo escolher entre os dois. Tu ias gostar de conhecer o
Zé – ele gosta de literatura como tu. Só lhe falta A Filha do Papa.
Consigo imaginar as conversas que vocês teriam um com o outro…
O Hugo, dos três, é o que
tem os pés na terra. Enquanto eu e o Zé nos entusiasmamos com algo, para ele é
só uma coisa normal – um pouco como a minha mãe.
Fiz um livro novo, Uma
Rua em Cerejeira em Flor. Mandei com a ajuda do Zé e do professor Marco
Neves. Mas, para ser sincero, acho que tudo isso tem o teu dedo. Como Atena
ajudou Ulisses, talvez tu me estejas a ajudar a realizar o meu sonho lá do céu.
Foi a minha mãe que disse… e eu achei bonito, num estilo literário. Se for
verdade, obrigado, meu amigo.
Por mim, nunca serás
esquecido – e os meus amigos do Facebook que o digam. Sempre te dou os
parabéns.
Ah! Já vou sozinho a Aveiro!
Acredita nisso? Apanho dois comboios só para estar com o Zé.
E nunca esqueço que foste tu
que me salvaste, quando eu estava no fundo, preso a um grupo e a uma associação
que não me faziam bem. Também deixei o psiquiatra… acreditas que ele disse que
o Hugo e o Zé eram alucinações? E queria que eu tomasse comprimidos para
esquizofrenia! Não lhe desejo mal, porque ele já partiu, mas sinto-me mais
livre.
Por agora é só, meu
amigo… Ah, quase esquecia! Tenho mais dois amigos para te apresentar: o André
Ferreira e um amigo dos Açores, o João Moniz.
Um abraço, meu amigo.
André Vilaça."
Comentários
Enviar um comentário