A bola de Chakra asul na erhiya o Segredo dos Gurus - Se o Kombatan fosse tema de uma anime Japonesa

 Era um dia de domingo. O sol brilhava forte no céu enquanto eu e meu parceiro de treino, Zé, terminávamos mais uma sessão intensa. O suor escorria pelo rosto, os músculos doíam, mas a sensação de missão cumprida nos preenchia.

       Foi então que olhei para ele, ainda ofegante, e decidi revelar um segredo que apenas os grandes Gurus conheciam. Um conhecimento proibido, transmitido apenas entre aqueles que estavam destinados a algo maior. Meu irmão, sendo um deles, havia me ensinado essa técnica ancestral.

      — Nas Filipinas antigas — comecei, com um tom misterioso — os chefes das tribos possuíam um poder místico, algo que usavam contra os invasores. Apenas os grandes Gurus podiam dominá-lo.

        Zé franziu a testa, curioso:

       — Algo místico? Como assim?

Olhei em seus olhos, segurando um sorriso antes de revelar:

      — Uma esfera de chakra... Algo como o Kamehameha do Dragon Ball ou o Rasengan do Naruto.

       Ao ouvir isso, Zé caiu na gargalhada.

       — Amigo tu estas a ver muita anime!

      Mas então... eu juntei as mãos e fechei os olhos. Concentrei toda a minha energia. O ar ao meu redor pareceu vibrar. A temperatura mudou sutilmente. E então, surgiu entre minhas palmas uma esfera de energia azul pulsante.

      Zé deu um passo para trás, os olhos arregalados.

       — O quê...?

        Mantive a esfera por alguns segundos, sentindo sua força dançar entre meus dedos antes de fazê-la desaparecer.

       — Os filipinos a chamam de asul na erhiya. Os espanhóis, quando presenciaram esse poder, a temeram e a chamaram de fogo do demônio.

        Zé ainda estava pasmo, mas sua incredulidade logo se transformou em entusiasmo.

        — Uua... Isso é incrível! Eu posso aprender também?

        Assenti, mas o alertei:

       — Podes... Mas há uma condição. Não podes usá-la até te tornar um Guru.

        Ele riu, balançando a cabeça.

      — Coisa que eu acho impossível de acontecer!

      Suspirei e me sentei no chão, batendo no espaço ao meu lado para que ele fizesse o mesmo.

       — Para dominar o asul na erhiya, você precisa sentir tudo ao seu redor. O vento, o calor do sol, o pulsar da terra... Depois, deve canalizar toda a sua energia para as mãos. Agora tente.

        Zé engoliu em seco.

       — Mas... Como?

      — Faça como eu.

       Juntei as mãos mais uma vez, fechei os olhos e, aos poucos, uma nova esfera azul nasceu entre elas. Assim que atingi seu ápice, abri os olhos e deixei-a se dissipar.

     Zé respirou fundo e tentou imitar meus movimentos. Seu rosto estava tenso, os lábios pressionados em concentração. De repente, uma esfera de energia amarela começou a surgir entre suas mãos.

      Meus olhos brilharam.

     — Zé... Abre os olhos! Você conseguiu!

      Ele abriu os olhos e observou a esfera com fascínio, mas logo fez uma careta.

      — Mas não é azul!

      Ri e dei um tapinha no ombro dele.

      — Mas já é um começo.

       A esfera amarela desapareceu, e Zé se levantou, esticando os braços.

      — Bom, isso foi fixe, mas agora vou me preparar para o cinema.

       Sorri de canto e soltei, com um tom provocador:

       — Espera até aprenderes a voar.

      Ele parou na porta, os olhos arregalados, e virou-se para mim.

      — A voar?!

     Apenas sorri. Ele ainda tinha muito o que aprender.



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