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Quais as Inspirações para escrever o meu novo livro "Uma rua com uma cerejeira em flor"
Esta estória começou a ser escrita em 2012, inspirada por algo curioso e inesperado: um anúncio de Natal do Continente. Imagine só... um homem vestido de Pai Natal, dançando apenas de boxers, enquanto o narrador declarava: "Os tios são a alma da festa."
Foi a partir dessa cena inusitada que comecei a esboçar a figura de um tio singular, Rodrigo Bettencourt. Um musicólogo da Universidade de Aveiro que, em sala de aula, compartilhava com entusiasmo sua paixão pela música clássica.
No início, porém, algo parecia faltar. A história não encaixava, não fluía como deveria. Então, uma viagem à Suíça com o Zé trouxe um momento de clareza. Lá, vi como os sobrinhos eram completamente apaixonados por ele. Essa experiência inspirou uma mudança essencial: e se o sobrinho de Rodrigo fosse o narrador? Nasceu, assim, Filipe – batizado em homenagem ao meu sobrinho mais velho.
Mas mesmo com esse novo foco, algo ainda não estava completo. Foi quando, assistindo a um vídeo, uma mulher disse ao diretor Christopher Nolan que sua vida parecia um dos filmes dele. Nolan, sendo meu diretor favorito, deu-me uma ideia brilhante: contar a história como se fosse um filme dele – intrigante, profundo e cheio de camadas.
Outro momento decisivo veio de uma visita de um fotógrafo americano a Coimbra. Entre retratos de estudantes universitários, um deles chamou minha atenção. Foi assim que imaginei Rodrigo como um jovem estudante daquela cidade vibrante.
E então... veio Jack Black. Sim, o ator Jack Black. Ao assistir a um vídeo dele, deparei-me com um comentário que dizia: "Ele é o tio que todos queriam ter." Essa frase ressoou em mim, e Rodrigo, na minha mente, ganhou uma nova face.
Enquanto a história tomava forma, os confinamentos da pandemia de COVID-19 se tornaram parte dela. Episódios daquilo que vivi e presenciei encontraram espaço nas páginas. Além disso, a narrativa ganhou um toque romântico ao explorar a história de amor entre Rodrigo e Teresa, uma apaixonada pelo filme Mad Max.
Depois de dois anos de trabalho intenso, aqui está este livro. Ele é o resultado de tantas inspirações, memórias e momentos marcantes.
Espero, do fundo do coração, que vocês se encantem ao lê-lo tanto quanto eu me encantei ao escrevê-lo.
Com carinho,
André Vilaça
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