Robô Selvagem Análise Emocional

 

 

       Eu fui ver o filme de animação Robô Selvagem sem saber muito bem o que esperar. Tinha lido críticas, mas sem spoilers, então o que eu sabia era bem básico: era sobre um robô que sobreviveu a um naufrágio, encontra um ganso e tenta ajudá-lo durante a migração, enquanto cria laços com os animais da floresta. Só isso.

       Mas, vou te dizer: que surpresa maravilhosa foi esse filme! A começar pela animação, que é simplesmente deslumbrante. Visualmente, é um espetáculo. O humor também é muito bem trabalhado, inteligente, leve, e sem exageros. E a dobragem no nosso português? Impecável.

        Agora, falando do diretor: o filme foi escrito e dirigido por Chris Sanders, que você talvez conheça como o criador de Lilo e Stitch e da trilogia Como Treinar o Seu Dragão. Olha, eu vou arriscar dizer que ele é o Christopher Nolan das animações. Por quê? Porque, assim como Nolan faz no cinema tradicional, Sanders nos leva a refletir profundamente sobre a história que estamos assistindo.

        Ele nos faz pensar, por exemplo: será que os animais têm um dialeto que nós não conseguimos compreender? Será que um robô pode sentir amor? Essas perguntas não são jogadas ao acaso – elas surgem naturalmente enquanto nos envolvemos com os personagens e o mundo criado por ele.

        E o final... Ah, o final. Foi um verdadeiro golpe no coração. O Quartel das Artes – onde eu estava assistindo – ficou em prantos. E eu? Também derramei algumas lágrimas. Ainda bem que o Zé não viu. Me fez lembrar daquele momento intenso em Cinderella Man, o filme do Russell Crowe, quando ele vai lutar no ringue sabendo que talvez não volte vivo, e se despede dos filhos. É aquele tipo de emoção que te pega de jeito, que te faz pensar sobre o que realmente importa.

Inclusive, quando chorei em Cinderella Man, meu irmão olhou para mim com aquela cara de: "O que tá acontecendo com o puto?" Pois é, acho que Robô Selvagem provocaria a mesma reação nele, se me visse no cinema.

         Agora, vou te dar um conselho: vá assistir ao filme! Eu li que vai ter uma continuação – vão adaptar o segundo livro. E, olha, com o Chris Sanders no comando, tenho muita fé que a sequência vai ser tão boa quanto o primeiro. Ele já provou que sabe fazer isso com Como Treinar o Seu Dragão. E mesmo que Lilo e Stitch não tenha tido uma continuação no mesmo nível, acho que dessa vez ele vai acertar novamente.

Ah, e antes de encerrar, um detalhe importante: a trilha sonora. É belíssima, e conta com músicas da Maren Morris, que, confesso, eu não conhecia. A canção Kiss the Sky foi um destaque absoluto – completou a experiência de um jeito especial.

         Então é isso. Se puder, vá ao cinema e viva essa história. É um filme que vale cada segundo.

                                                                                                                                 André Vilaça






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