O meu parceiro de treino chamado Zé.

 Aprender, melhorar e divertir.

Paulo Vilaça

             Um dia destes, meu irmão veio com a ideia de eu avançar ainda mais no Kombatan, e de tentar passar do cinto verde para o azul. Claro, fiquei empolgado com a ideia, mas logo percebi que o mais difícil seria encontrar um parceiro de treino. Esse parceiro seria, para mim, como um aluno, alguém que eu iria ensinar e, ao mesmo tempo, treinar junto até o exame. Quem poderia ser esse parceiro? Conversei com todos os meus amigos e, para minha frustração, todos disseram estar ocupados ou moravam longe.

             Com um pouco de esperança, decidi falar com o Zé. Sempre tive a vontade de treinar Kombatan com ele, mas nunca tinha surgido a oportunidade. Será que eu seria capaz de ensiná-lo? Será que eu conseguiria ser seu parceiro de treino, passar a ele o que meu irmão havia me ensinado? Perguntei, já esperando uma resposta negativa, mas para minha surpresa, o Zé disse sim. Ele estava disposto a ser meu parceiro de treino.

              Confesso que pensei que na primeira aula ele desistiria. Ontem, tivemos nosso primeiro treino, e eu estava um pouco ansioso. Será que eu conseguiria mostrar ao Zé o que é o Kombatan, de uma forma que ele gostasse tanto quanto eu? Segui tudo como o meu irmão havia me ensinado: começamos com o aquecimento, e então iniciamos os treinos. No começo foi difícil. Passei para o Sinoali, e a partir daí as coisas começaram a fluir. Quando nos demos conta, estávamos em sintonia.

             Eu, que deveria ser o parceiro de treino, me vi sendo corrigido pelo Zé, especialmente na forma de movimentar os pés. Foram trinta minutos de treino e diversão. E no final, ouvi dele algo que me deixou ainda mais animado: ele disse que continuaria treinando comigo.

          Treinar com o Zé foi algo incrível, uma experiência que superou minhas expectativas.

 

                                                                                                                André Vilaça



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