Oliveira do Bairro Overture.

          Estava um pouco nervoso, minha primeira etapa nas minhas aventuras de comboio. Como nas demandas dos meus heróis eu pego na mochila e nos doces preferidos do Zé que costumo levar e lá vou eu. A minha mãe diz que eu quando vou a casa do Zé pareço uma avó quando vai visitar os netos a cidade com docinhos 
        A minha mãe disse para perguntar na bilheteira  se podia comprar o bilhete de Aveiro para Oliveira do Bairro e quando perguntei o homem da bilheteira disse que sim. 
         Procurei o meu comboio para Aveiro, sento-me e ligo a minha mãe que já estava no comboio e o Zé liga-me depois. 
        A viagem para Aveiro correu como sempre o melhor possível, sentaram-se duas turistas Japonesas cheias de malas, soube bem ouvir elas a falar Japonês, algumas coisas ainda percebi, deve ser por ouvir animes no áudio original. 
             Como ainda eram 10 da amanhã e o comboio estava praticamente vazio por ser domingo, os que estavam dormiam até chegar a Aveiro. 
               Cheguei Aveiro, e comecei a procurar o comboio para Coimbra e quando me viro vejo uma tabuleta com Oliveira do Bairro a passar até chegar ao destino Coimbra. 
              Liguei a minha mãe e tive a falar com ela até o comboio chegar, entrei e me sentei para ver a placa das estações, liguei ao Zé e ele alertou-me para estar atento quando passe-se Oiã, quando passei Oiã e ouvi "próxima paragem Oliveira do Bairro".  Eu me levantei e esperei, o meu telemóvel tocava com o toque da música "Peaches" do Jack Black do filme que ia ver a tarde "Super Mário" e o revisor queria o bilhete, quando cheguei a estação de Oliveira do Bairro liguei a minha mãe que estava assustada porque eu não tendia o telemóvel, liguei ao Zé aonde ele me levou até ao carro. 
              Cheguei ao meu destino como Percival na Ópera de Richard Wagner chega ao verdadeiro Santo Graal, a pedra divina que os anjos esconderam na terra para que os anjos rebeldes não tomassem conta. 
        Mais uma etapa comprida, mas ainda falta mais uma, a vida é feita de etapa ou não tinha piada nenhuma.  Agora tenho que aprender a ir de Oliveira do Bairro a Aveiro e de Aveiro para o Porto. Eu acho mais fácil andar de comboio do que autocarro. Mas eu vou conseguir, um dia o Zé não me pode levar a casa e eu lá vou ter que ir. O Rui Veloso ontem quando soube que fui até Oliveira do bairro disse que tinha orgulho em mim, eu sei que já ouvi isso dele varias vezes mas é sempre emocionante ouvir uma vez mais dele. 
André Vilaça 






Comentários