Uma pequena entrevista que o mestre Budista João Magalhães me fez e gostava que lessem.

 

Que coisas me trazem inquietude? 
É os meus irmãos pensarem que eu ainda tenho seis anos. Quando desabafo e ouço não stresses e eu apenas quero ser ouvido. 
 
O que sinto que está a bloquear-me o progresso da vida? 
É a síndrome de Asperger se não tivesse seria claro uma pessoa diferente. 
 
A minha mente tem mais pensamentos positivos ou negativos? 
Um pouco das duas. Agora estou positivo porque vou ver um concerto com os meus melhores amigos e negativo porque vou de comboio para casa.
 
Dedico-me mais a mim ou aos outros?
Depende de quem me faz bem. 
 
O que significa compaixão? 
Significa fazer o bem aos outros sem querer nada em troca. 
 
O que é meditar?
É limpar a nossa mente. 
 

O que é o propósito da vida?
É ser feliz, ter amigos, e pais que nos ensinam a vivê-la.

Quais os ensinamentos fundamentais do Buda?
Ele ensinou-me a seguir o verdadeiro caminho, e que vivemos a vida em sofrimento. 

Qual foi um dos grandes ensinamentos que o Buda deu ao seu filho Rahuala?

 

Esta pergunta é difícil, tenho medo de me enganar nos ensinamentos do abençoado, se não me engano foi não mentir.
 

Como podemos melhorar os nossos relacionamentos.

Sermos honestos, sem mentiras.
  

Como está a tua relação com a família? O que sentes que te faz falta e de que forma harmoniosa poderiam construí-lo.

Eu acho que a relação com a minha família é muito boa, eu gosto mais de desabafar com a minha mãe, meu pai e irmãos ainda me vem como se tivesse seis anos. Então quando falo do Budismo, ninguém me leva a sério, quando dou um ensinamento do Buda o abençoado ninguém me leva a sério. O meu melhor amigo é Pastor da igreja Protestante, eu gostava de ser também algo importante da minha religião, levar a palavra do Buda e que me levassem a sério. Yep eu sou Budista e depois?
 
Como achas que se pode educar uma criança pelos princípios Budistas?

Claro que sim, eu gostava de falar sobre Buda aos meus sobrinhos que eu criei como meus filhos, principalmente ao meu sobrinho Gui. Eu gostaria de falar sobre o princípio do caminho que Buda nos ensinou, mas não sou pai dele, mas acho que ele iria gostar de ouvir a palavra do Buda como gosta da palavra de Jesus.
 
Como encarar o fim da vida?

Bem eu já perdi um amigo, ainda tive o privilégio de me despedir dele sem saber que ele estava muito doente. Ele era tão novo, quando penso nisso, ele tinha a minha idade quando partiu. Também tive o meu melhor amigo as portas da morte por causa do Covid, temi também o perder. Eu encaro a vida como uma passagem, um novo renascimento, eu sou tão parecido com um grande amigo em tudo e penso que na outra vida fomos irmãos e nos encontramos nesta vida. Às vezes me pergunto se um dia me encontrei com o amigo que partiu nesta vida.

Das emoções que observamos, qual a que está mais presente em ti e porque?
           Acho que é a ansiedade, eu fico muito chato quando fico ansioso, com medo que o que vou perguntar a resposta seja o não.  Eu há uns dias atrás estava muito ansioso para que o meu amigo João Só me recebesse no fim do concerto e recebeu-me. Mas como diz no livro ansiedade também pode ser boa, como por exemplo eu fico sempre ansioso quando vou a casa do meu amigo Zé. Agora ando ansioso porque vou ter que ir para casa de comboio de Aveiro para o Porto. Mas eu quero ir mais vezes a casa do Zé, tenho que passar por este obstáculo.

              Observa um momento de raiva…porque surge e porque fica? Ou como o deixas ir?

              Meu momento de raiva foi quando disse ao meu psiquiatra que tinha arranjado dois melhores amigos e ele me disse que eles podiam ser alucinações. Eu haver que aquele psiquiatra me fazia mal e a minha mãe não via isso, ainda bem que já não estou com ele.  Eu por muito que isso seja mau sentimento, eu senti raiva dele.~

         Achas que o desapego é desinteressante? O que é o desapego?

       O desapego, pergunta difícil, o desapego das coisas, como eu ter uma t-shirt do super-homem muito velha e não consigo me desapegar dela. Um amigo que partiu para Londres e foi me difícil me desapegar dele, ou o amigo que já não está entre nós que reencarnou, foi me difícil me desapegar dele, dói olhar para o número dele e quer ligar e não poder ou porque o número não existe ou atender a um familiar. Não tem nada haver com o assunto, mas eu escrevi um e-mail para o seu e-mail mesmo sabendo que ele não iria ler, mas soube bem deitar os sentimentos cá para fora.

 

Se aplicares os conceitos dos quatro esforços mentais como poderás ultrapassar as questões que a mente levanta em ti mesmo.

              Eu quando tenho que fazer alguma coisa que me é difícil, a minha mente é tramada, como ligar para os amigos por telemóvel, sinto um nervosismo, depois quando vou falar bloqueio. Também é complicado quando estou com os meus melhores amigos o Hugo e o Zé e quando estou com eles não consigo falar com eles, porque será que me acontece isso? Se pudesse fazer uma pergunta a Buda, era essa a pergunta que faria. Por isso a minha mente é tramada, muito tramada.




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