Rui Veloso, um ídolo que se torna amigo

 

O cantor português que admiro é o Rui Veloso, conheci as suas músicas em 2004 quando ouvi o CD concerto acústico. Cada vez que ouvia a sua música, eu imaginava, como seria Rui Veloso como pessoa e ser humano? Uma vez a minha amiga Conchinha perguntou o que queria como presente de Natal e eu pedi um autógrafo do Rui Veloso. Nesse Natal eu recebi um autógrafo do Rui Veloso num Cd do concerto acústico e mais umas palavras de amizade no papel onde eu pedia o meu presente. Para o Rui eu era o seu fã Crowe, todos os autógrafos que recebia dele por uma amiga de infância amiga da conchinha. Um dia escrevi à amiga de infância dele para conhecer o Rui Veloso, ela prometeu e cumpriu a promessa.

Eu conheci o Rui Veloso na livraria Lello, numa sessão de autógrafos da sua biografia, foi tudo tão rápido, eu fiquei tão feliz por o ver ao vivo e cumprimentá-lo no fim. No dia seguinte, o Herculano trouxe-me uma surpresa que um amigo chamado António Bastos, me conseguiu. Era o email do Rui Veloso, o seu email, não o que as revistas davam que normalmente era do clube de fãs ou um e-mail que nunca chegava a ele. Nesse mesmo dia recebi uma mensagem dele, que felicidade (!) e a partir daí ficamos amigos. Eu escrevia e recebia a resposta no dia seguinte.

 Depois do lançamento do meu primeiro livro “Contos Soltos” eu fui conhecê-lo ao seu antigo restaurante D. Tonho. Ele apareceu e digo-vos caros leitores, ele como pessoa é um ser humano excecional, gostei mesmo de o conhecer, quando íamos tirar uma foto com ele, a máquina deixou de dar e ele esteve a ensinar-nos como funcionava. Tenho várias fotos com ele, várias fotos que APPDA-Norte queria tomar conta e dar ordens a quem eu as mostrava e não mostrava.

Numa conversa com o Rui ele achou que eu não era autista, mas sim um jovem com síndrome de Asperger, porque uma amiga dele tinha um filho parecido comigo. Numa altura da minha vida eu tive uns dias maus, fiz uma cirurgia e sofri muito com o tratamento. Eu então limpei as minhas lagrimas no ombro do Rui Veloso e ele foi um amigo espetacular – “Rui Veloso se estiveres a ler isto obrigado pelas tuas palavras que me ajudaram a ultrapassar os meus dias maus”. Ele disse que quando estivesse a fazer o tratamento eu metesse o meu CD preferido e o ouvisse do começo ao fim e iria ver que tudo mudaria. Eu assim fiz, no dia dos tratamentos eu meti o CD 1 dos Beatles e cantei com as lagrimas nos olhos todas as músicas dos Beatles, quando dei por mim o tratamento tinha passado.

Agradeci ao Rui, voltei a encontrar-me com ele quando a mãe dele fazia anos, estive com o Rui como gostava. O engraçado é que a minha mãe pergunta sempre se eu sou muito chato com ele na net, o Rui responde sempre que gosta de conversar comigo. Quando fiz Fenália e o Presidente Dr. Rebelo de Sousa era comentador na TVI com a apresentadora Judite de Sousa no telejornal das 20 horas, ele falou no meu livro, que o adorou ler e que merecia uma entrevista. Então o Rui Veloso disse-me que tinha orgulho em mim, eu fiquei tão comovido que deitei umas lagrimas.

Para terminar uma vez fiz um trabalho sobre o amor no autismo e ninguém falou no meu trabalho, mas sim num trabalho do meu amigo Martin, inglês e asperger e eu fiquei triste. Mas Buda está sempre do meu lado e recebi dias depois umas mães a pedir se podia falar com o Rui Veloso, para fazer um concerto para uma associação e eu respondi:

         - Peçam ao Martin, pode ser que ele traga o Elton John.


                                                                                                  André Vilaça






 

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