Entrevista ao cantor Rui Veloso

 André Vilaça - Quando começou a sua paixão pela música?

Rui Veloso - Muito cedo,pelos 4,5 anos. Diziam os meus pais. 

André Vilaça – Foi expontânea essa paixão pela musica, ou foi herdade de alguém? Se sim, de quem?

Rui Veloso –Não sei bem, talvez dos meus pais,ou tb dos avós paternos. 

André Vilaça – Diga por palavras suas o significam para si os Blues? 

Rui Veloso – Blues é um sentimento traduzido em música, um genero musical q vem da escravatura de negros da America do Norte. Mas também o resultado do cruzamento de 2 culturas a europeia e a africana. 

André Vilaça - Como foi viver aqui no Porto, e revelar-se por cá, da década 70, tendo em conta o centralismo de Lisboa?

Rui Veloso – a verdade é q foi quando fui pra Lisboa q comecei a minha carreira. Viver no Porto devia ser mais ou menos o mesmo q no resto so país, q continua baseado no centralismo lisboeta. 

André Vilaça – Na sua Biografia diz que foi “um adolescente rebelde”. Ccomo foi desafiar as regras num país onde quase tudo era proibido?

Rui Veloso – Na verdade não desafiava muitas regras, era mais em pensamento… 

André Vilaça – Como eram os dias quando músicos que admirava entravam no seu estúdio, na cave, onde se tocavam e gravavam as músicas?

Rui Veloso – Na minha cave havia apenas um gravador, nada se gravava lá a não ser as minhas maquetes. Agora tenho um estúdio onde vão pessoas gravar. 

André Vilaça – Como foi conhecer, aquele que viria a ser seu amigo, o Carlos Tê? Como é ser amigo dele?

Rui Veloso – Foi muito bom, fizemos muita música juntos, tivemos grandes momentos de amizade e companheirismo. Agora não nos falamos, por razões que desconheço,ele deixou de contactar comigo. 

André Vilaça – Como se sente quando em determinados momentos (nos autógrafos, concerto, conferências, outros) se torna patente que é um ídolo para várias gerações e milhares de pessoas?

Rui Veloso – Na verdade, eu não sinto isso, sinto me sempre mais um entre muitos. 

André Vilaça – Como consegue estar tão perto dos fãs estando tão longe?

Rui Veloso – Talvez sendo sempre a mesma pessoa, com os pés bem assentes na terra. 

André Vilaça – Como vê o Rock Português na actualidade e, já agora, também o Rock, a nível mundial?

Rui Veloso – É um genero em extinção quase. A música popular foi tomada pela tecnologia e pela mediocridade, em grande parte. 

André Vilaça – Na sua música “O prometido é devido”, fala no Mandrake. Os super-heróis não serão estranhos para si. Se tivesse um superpoder o qual pudesse mudar o mundo qual seria? 

Rui Veloso – livrava-o de gente estúpida. 

André Vilaça – Obrigado em nome do “Simplesmente Asperger” e a continuação de um bom trabalho.

                                                                                                                                                       Um abraço 

                                                                                                                                                    André Vilaça