Entrevista ao amigo Zé Luís

André Vilaça – Quando eras pequeno quais eram os teus sonhos? 
José Luís – Como qualquer criança que gostava já de Ficção Científica, queria ser astronauta ou astrónomo 
André Vilaça – Como é ser meu amigo? Como é ser amigo de adulto com síndrome de Asperger?
 José Luís – Não sei descrever… é mais algo que se sente. Em parte, foi por arrasto da amizade com o Hugo e, depois, foi a regularidade. 
 André Vilaça – Sei que és cinéfilo como eu, qual é para ti o filme que te tocou mais que os outros? Por exemplo até agora o filme do meu irmão foi o Breaveheart. 
José Luís – Para um cinéfilo, há uma miríade de filmes que marcam (daí sermos cinéfilos). Há filmes que são marco e admiram-se por vários fatores (argumento, fotografia, atores, etc.), e que não nos cansamos de ver e rever… Não vou mencionar nenhum para não deixar muitos de fora… 
André Vilaça – O meu ídolo é Rui Veloso, também porque convivo com ele, quem é para ti o teu ídolo aquele que admiras muito? 
 José Luís – Não tenho propriamente ídolos. Tenho, sim, personalidades que admiro. Uma das incontornáveis de Portugal, é D. Afonso Henriques: chateou-se a sério com a mãe, criou um país (o nosso), e foi por esta terra abaixo com a espada em riste a lutar contra os Mouros e a aumentar o território! 
André Vilaça – Tu és a pessoa que mais admiro, contigo não falo de certos assuntos porque tenho um respeito muito importante contigo. Quem é para ti a pessoa que admiras, não ídolo, mas a pessoa que tens uma admiração? 
 José Luís – Nas pessoas mais próximas, tenho vindo a aumentar consideravelmente a admiração pela minha irmã. Se bem que tem tido a ajuda da minha mãe, ser mãe solteira de gémeos, um deles autista, e continuar positivamente na vida, trabalho e casa, é obra! 
André Vilaça – última pergunta se tivesses um Delorian do regresso do futuro quem gostarias de ir ao passado conhecer? No meu caso seria ouvir Buda, dar um aperto de mão ao D. Carlos e conhecer a minha Bisavô e por último ouvir um concerto dos Beatles. 
José Luís – Certamente iria a Viena, a 7 de Maio de 1824, para ver a estreia da 9.ª Sinfonia de Beethoven e ver como ele efetivamente era. Um abraço

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